Super-heróis no ensino bilíngue

Super-heróis no ensino bilíngue

Aprender um novo idioma pode ser mais prazeroso quando assuntos contemporâneos são abordados. Já pensou em ensinar aspectos da cultura norte-americana por meio de histórias de super-heróis?

Desde a estreia de Homem de Ferro, em 2008, os filmes de heróis voltaram em grande estilo. Mas o fascínio com super-heróis vem de longa data.

Passa pela sua concepção, com as histórias em quadrinhos; as séries do Batman e a animação do Superman, nos anos 40; a série da Mulher-Maravilha nos anos 70; e, quando todo mundo acreditou que o homem podia voar, com o lançamento de Super-Homem –  O Filme, em 78.

Heróis são parte de nossa cultura desde que o mundo é mundo. Desde Beowulf até um certo escalador de paredes, o que todos têm em comum é a jornada do herói, muito bem detalhada por Joseph Campbell


A jornada do herói

Durante sua jornada, um herói passa por uma transformação, e acaba sua jornada transformado por sua experiência.

Pode ser o fato de reconhecermos que “com grande poderes, vêm grandes responsabilidades” ou que “você não deveria vender armas para terroristas”.

Com esse último exemplo, voltamos ao Homem de Ferro e seu papel para mostrar ao mundo que filmes de super-heróis podem ser uma excelente forma de entretenimento e também uma forma de se ensinar novos valores, apresentando novas culturas aos espectadores.


A relação do ensino de língua adicional e super-heróis

O CLIL (Ensino Integrado de Conteúdo e Línguas), que é a principal metodologia  no Thomas Bilíngue for Schools, tem como base os 4 Cs: conteúdo, comunicação, cognição e cultura.

Ou seja, é parte intrínseca do nosso programa ensinar cultura.

E que melhor maneira de se ensinar diferentes aspectos da cultura norte-americana do que por meio de filmes, séries e quadrinhos de super-heróis?

Mas como isso é possível?

Podemos ir da maneira mais simples à mais complexa.


Patriotismo

De maneira simples, é possível atrelar a origem do Capitão América ao alto sentimento de patriotismo inerente aos norte-americanos.

Afinal de contas, ele está vestido nas cores e na bandeira dos Estados Unidos. E, a partir  dessa introdução, podemos mostrar como o patriotismo faz parte dessa cultura.


Feminismo

De maneira um pouco mais complexa, podemos mostrar como as mulheres tiveram um papel de vítimas no início dos quadrinhos, mais força durante o período da Segunda Guerra Mundial, e, depois, foram relegadas novamente ao papel de “damas em perigo” (damsels in distress, no inglês) até meados da década de 70.

Ou seja, podemos falar sobre o feminismo e como ele mudou as personagens nos quadrinhos e, consequentemente, no cinema.


Racismo

Agora, de uma forma bem complexa: falar sobre o racismo e a intolerância com outros povos.

Quando foram criados, a ideia original era a de que os personagens refletissem o preconceito que os norte-americanos tinham contra os judeus.

Com o passar do tempo, mais precisamente no fim da década de 60, os personagens foram usados para falar sobre o racismo e o Movimento dos Direitos Civis (Civil Rights Movement em inglês).

O Professor Xavier se tornou uma representação de Martin Luther King Jr., e Magneto, uma representação de Malcom X, dois ativistas que queriam o mesmo resultado –  que os negros tivessem os mesmos direitos que os brancos –, só que de formas diferentes: Luther King era um pacifista, enquanto Malcom X usava a violência para atingir seus objetivos.


Como é possível notar, há várias formas de abordarmos esse tema (super-heróis), tão em voga, em nossas salas de aula para ensinarmos história e cultura.

So, let’s go! “To infinity and BEYOND!” Afinal de contas, Buzz Lightyear também é um herói.

Leve o programa bilíngue do TB para a sua escola.

Teacher Gus, 10/Jul/2023