Cientistas acreditam em fatores genéticos e ambientais. O fator ambiental está mais relacionado ao tratamento do que à causa em si. O espectro do autismo apresenta pessoas com diferentes níveis de funcionalidade, mas o "autismo leve" não existe. Por trás de cada pessoa no espectro, existem lutas invisíveis aos olhos externos.
Se um estudante no espectro consegue ter um bom desempenho escolar, é graças ao esforço dele em conjunto com sua família, seus terapeutas, seus parentes e seus amigos. Ter consciência e vontade de ajudar é muito diferente de romantizar essas lutas; as dificuldades existem, mas a oportunidade de aprender está sempre presente.
O autismo não é uma deficiência, é uma capacidade diferente de perceber o mundo.
Considerando o que foi trazido até aqui, fica evidente que os professores de línguas podem ajudar e aprender com estudantes autistas. No entanto, muitas escolas de idiomas não recebem informações detalhadas das famílias e muitas vezes não têm psicólogos em sua equipe para auxiliar.
Quando recebem alguma informação, não sabem como ajudar os(as) professores(as). A formação sobre inclusão e necessidades especiais é frequentemente vista como uma perda de tempo. Embora o preconceito seja grande, aumentar a conscientização sobre o autismo é uma das formas mais eficientes de ajudar professores(as), estudantes, escola e famílias.
O conhecimento é a melhor forma de combater o preconceito.
Para que qualquer tipo de abordagem educacional funcione bem, é crucial considerar a realidade: pessoas diferentes reagem de maneira distinta a diversos estímulos.
O ambiente sempre influencia as atividades planejadas pelo(a) professor(a), e estar atento a qualquer aspecto específico de um(uma) estudante com necessidades atípicas é essencial para conduzir uma aula eficaz.
O diagnóstico de autismo é um desafio, e a sociedade frequentemente torna esse processo mais difícil. Como educadores, devemos criar um ambiente acolhedor e estimulante, que possa abrir muitas portas, inclusive para futuras oportunidades de emprego.
As escolas não devem ser um fardo para crianças autistas. Abordagens como STEAM, maker, CLIL e educação bilíngue estão ganhando destaque, mostrando que a educação inclusiva é possível e eficaz.
A teoria de ajudar a todos é inspiradora, mas será que é real? Acreditamos que sim, embora não seja fácil. Existem três aspectos principais que podem auxiliar todos os envolvidos no processo educacional.
Professores(as), famílias, parentes, terapeutas e todos os envolvidos devem estudar sobre o tema. Não há respostas definitivas em livros ou na internet, mas há ideias e estudos com perspectivas valiosas.
Devemos lembrar que há muitas pessoas lutando juntas. Professores(as) experientes podem hesitar em pedir ajuda por orgulho, enquanto os(as) inexperientes podem temer ser julgados(as). Todos devemos pedir ajuda quando necessário. Compartilhar conhecimento fortalece a rede de apoio, tornando o processo mais saudável e eficaz.
Não há uma receita específica para fazer anotações, porém você pode encontrar um método que se adeque à sua realidade. Embora o tempo seja escasso para os(as) professores(as), reservar cinco minutos após cada aula para anotar observações sobre os(as) estudantes economiza tempo de planejamento a longo prazo, por isso:
anote quais atividades funcionaram bem, quais não funcionaram;
preste atenção à duração de cada uma das atividades e como o estudante se comportou ao longo desse tempo;
observe a interação entre os estudantes durante as atividades.
Essas anotações ajudam a identificar padrões, auxiliando no planejamento das aulas para que possam facilitar a integração dos(as) estudantes nas atividades propostas.
Fazer parte dos programas bilíngues da Casa Thomas Jefferson permite colocar algumas ideias em prática.
No programa Bilingual Adventure, diferentes espaços são explorados de formas variadas. A sala de teatro é excelente para trabalhar técnicas de desenvolvimento pessoal; na cozinha, a questão da seletividade alimentar pode ser abordada.
Atividades sensoriais são realizadas em salas específicas e o playground ajuda no desenvolvimento da psicomotricidade.
Essas atividades centradas no "estudante-maker" auxiliam o desenvolvimento de uma série de habilidades, promovendo a integração social.
No Thomas Bilingue for Schools, um programa de âmbito nacional, são elaborados planos de aula que incentivam professores(as) a realizar diversas atividades inclusivas.
A comunicação entre todos os envolvidos no processo educacional necessita ser melhorada. Unir forças é essencial para promover a integração e tornar o desenvolvimento acessível a todos.
Terapeutas, pais, parentes, professores e auxiliares devem conversar abertamente e encontrar juntos as melhores maneiras de ajudar. Trabalhando em parceria e compartilhando diferentes perspectivas, podemos criar um ambiente mais inclusivo e eficaz.
Vamos abraçar a diferença e ajudar uns aos outros. Ninguém deve ser deixado para trás.
Para saber mais sobre como o Thomas Bilíngue for Schools pode ajudar sua escola a implementar uma abordagem comunicativa eficaz e promover o ensino bilíngue de forma inovadora, entre em contato conosco.
Referência Bibliográfica
DSM 5, May 2013.
Kanner L. 1943. Autistic disturbance of
affective contact.
Muotri, Alysson Renato. Células-tronco pluripotententes e autismo. Apostila pós-graduação
lato sensu
Thomas Bilíngue for Schools, 10/Jun/2024